Seja a mudança que você quer ver no mundo” | Mahatma Gandhi

 

Nunca duvide de que um pequeno grupo de cidadãos conscientes e engajados consiga mudar o mundo. Na verdade, essa é a única via que conseguiu produzir mudanças até agora.” | Margaret Mead

 

Estamos nós, que vivemos no presente, condenados a nunca experimentar a autonomia, nunca pisarmos, nem que seja por um momento sequer, num pedaço de terra governado apenas pela liberdade? Estamos reduzidos a sentir nostalgia pelo passado, ou pelo futuro? Devemos esperar até que o mundo inteiro esteja livre do controle político para que pelo menos um de nós possa afirmar que sabe o que é ser livre? Tanto a lógica quanto a emoção condenam tal suposição. (…) Acredito que, dando consequência ao que aprendemos com histórias sobre “ilhas na rede”, tanto do passado quanto do futuro, possamos coletar evidências suficientes para sugerir que um certo “enclave livre” não é apenas possível nos dias de hoje, mas é também real. Toda minha pesquisa e minhas especulações cristalizaram-se em torno do conceito de Zona Autônoma Temporária.” | Hakim Bey

 

O texto abaixo expõe, de modo resumido, os ideais e as propostas práticas de um movimento que visa compor uma sociedade diferente daquela na qual estamos hoje inseridos. Pode ser considerado uma introdução a um manual de ativismo social, ecológico, político apartidário, cultural, artístico e libertário.

Foi construído a partir de uma “bricolagem” de vários pensadores e pensamentos que, juntos, constituem uma base sólida para a composição de um novo porvir, de um outro mundo possível.

Levando em conta as possibilidades que temos hoje em comunicação global, nossa condição para mudarmos o mundo em que vivemos de forma coletiva aumentou.

Tanto acreditamos nesta possibilidade que estamos trabalhando para realizá-la. O conhecimento e os meios estão ai. Precisamos apenas formar uma rede de pessoas realmente interessadas neste fim e que se disponham a engajar parte (ou todo) seu tempo nesta tarefa, a de comunicar e mobilizar outras pessoas em direção às atitudes as quais precisamos para mudar nossa realidade, sem nunca esquecer de viver conforme as atitudes que defendemos.

Pobreza, insegurança, desnutrição, mudanças climáticas, economia, são algumas das áreas nas quais podemos desenvolver uma ética global compartilhada e, utilizando nossa interconectividade, aplicar na prática os modelos, ferramentas e atitudes propostos para o nosso bem-estar comum.

A Coolmeia objetiva ser um ponto de encontro permanente para que grupos de cidadãos possam se instrumentalizar, receber e compartilhar recursos, absorver programas, modelos e ferramentas que, quando utilizados, facilitem a passagem de uma situação social para outra melhor.

Isso se dá através da formação e otimização de governanças locais autônomas, construída entre os atores sociais loco-regionais através de acordos mútuos, que culminam na realização de ações e projetos de curta ou longa duração que promovam o desenvolvimento humano livre e local. Tal formação se dará através de práticas de educação libertária, entendida como “experiências educativas que pensem e vivam a liberdade, a solidariedade e a autogestão entre indivíduos e grupos, com vistas à sua autonomia e à sua autoformação”.


Cada Favo ou núcleo comunitário passa a ser continuamente capacitado – de forma que se respeite às características locais particulares – e é constituído por pessoas interessadas, captadas da própria comunidade, que se destacam por sua atuação junto às diferentes comunidades e grupos que constituem a localidade ou simplesmente que se interessam em fazer parte da nossa jornada e sonho comum.

Diferentemente do “governo tradicional”, hierarquizado, este núcleo comunitário baseia-se nos princípios da horizontalidade, transparência, cooperação e democracia, sonhando e trabalhando coletivamente para gerar as condições que levem a um futuro melhor. Não se ensina liberdade sem vivê-la. A liberdade, a solidariedade e a autogestão são meios e fins ao mesmo tempo. Ao final, cada núcleo de formação acaba por se comportar como uma “Oficina de Criação de Autonomia” em busca de tornar-se uma “Zona Autônoma Permanente”, instância no espaço-tempo em que o humano possa ser quem ele realmente é.

Neste processo educativo, construído pelo fortalecimento das relações de confiança, na experiência da aprendizagem em equipe, no aprender fazendo, no potencial criativo da inteligência coletiva, criam-se de forma espontânea as mudanças na forma de pensar, fazer e viver o desenvolvimento da localidade. O processo de mudança deixa de ser “top-down”, de cima para baixo, e passa a ser “bottom-up”, ou seja, parte da comunidade para níveis mais altos ou, se pensarmos bem, parte da comunidade e se espalha horizontalmente.

Dentro do processo de mudança, devemos  aperfeiçoar o hábito constantemente, já que hoje estamos inebriados pelo nada salutar hábito do hiperconsumo, vivendo mais pelo ter do que pelo ser e deixando de lado relações humanas genuínas em troca de bens materiais. Quando temos um hábito arraigado, deixamos de ter a memória sobre qual a origem das coisas, dos gestos e das ações que representamos, e como foram produzidas.

Acreditamos, como diz Raquel Stela de Sá Siebert, “que seja necessário criar na ação pedagógica, condições de liberdade para que o ser humano possa adquirir meios de expressão relativamente autônomos, isto é, não recuperáveis pelas tecnologias de poder.É preciso que se aponte para um processo educacional que recuse a submissão, o hábito, o condicionamento, a disciplina; que esteja calcado na solidariedade, na expressividade e na criatividade.” (1)

Os atores principais da mudança, entre outras coisas, acabam por criar novas condições para a aprendizagem, usam o diálogo como forma de comunicação e compreensão do outro. A busca do consenso é algo que frequentemente pode substituir o voto simples, já que as possibilidades de debate e aprimoramento das propostas são maiores pela proximidade dos atores e beneficiários. Como resultado, aumenta a satisfação das partes envolvidas. Desenvolvem-se capacidades de negociação e mediação de conflitos para solucionar problemas e, no caminho, novos talentos e competências acabam surgindo, a partir do compartilhamento dos conhecimentos produzidos e acumulados pelo grupo.

Como diz Maria Oly Pey, “o diálogo que quebra a hierarquia entre o que sabe e o que não sabe na liberdade da explicitação do pensamento diverso, permite construir o conhecimento novo e direcionar a prática nova nessa relação entre diferentes, mas não desiguais. Qualquer sombra de coerção na relação, anula esta como produtora de conhecimento novo, ou seja, o potencial espontâneo e criador da relação. É por isso que os processos institucionalizados-hierárquicos de saber são processos que necrofiliam seu potencial espontâneo e criador. Já os processos instituintes não hierarquizados de saber carregam uma perspectiva que resiste à disciplinação.”

A Coolmeia não é um movimento isolado. Ela faz parte de um fenômeno representado pela emergência, nos últimos anos, da mobilização da sociedade para dar conta de suas necessidades, insuficientemente ou mesmo não atendidas pelo Estado nem pelo mercado. São associações e organizações não-governamentais que criam mecanismos de denúncia, de articulação e ação que passam a viabilizar justiça social, dignidade, sustentabilidade e resiliência para suas comunidades, famílias e indivíduos. Estamos criando “o mais criativo laboratório de interações comunitárias do [mundo], uma usina movida a energia humana e solidariedade, um campo profuso de desenvolvimento de soluções que se constrói com base na soma de capacidades e pequenas ações – normalmente anônimas – de centenas de milhares de cidadãos organizados.”

Estamos percebendo um aumento exponencial da expressão destes movimentos populares, que se auto organizam para melhorar a qualidade de vida de suas comunidades. E nos perguntamos: qual o tamanho desse Movimento como um todo? E quando ele suplantar maciçamente em importância, benefício comunitário e geração de capital social, o que hoje está sendo realizado pelo Estado instituído? É possível imaginar um mundo em que as monumentais verbas decorrentes das excessivas taxas e impostos que drenam meses de trabalho da população possam ser gerenciadas localmente, para o benefício das comunidades em que a renda é gerada? Substituir a máquina pública, que suga mastodônticas quantidades de dinheiro – resultado do trabalho incansável e massacrante da população – e deixar com que a criatividade da inteligência coletiva decida sobre as idiossincrasias e peculiaridades locais e as resolva conforme seu próprio desejo?

Acreditamos que sim. Não imaginamos uma ruptura abrupta, nenhuma revolução violenta, nenhuma tomada ou derrubada de poder, mas, como diz Paul Hawken em seu brilhante livro “Blessed Unrest – How The Largest Movement In The World Came Into Being, and Why No One Saw It Coming” (Desassossego Abençoado: Como o Maior Movimento do Mundo Surgiu, e Porque Ninguém o Viu Chegando): “O sucesso deste movimento será definido por quão rapidamente ele se tornará parte de todos os outros setores da sociedade. Se ele permanecer singular e isolado, irá falhar. Se for absorvido e integrado à religião, educação, negócios e governo, há uma chance de que a humanidade possa reverter as tendências que assaltam a Terra.”

Assim como Paul Hawken e seu WiserEarth, continuaremos a integrar e empoderar indivíduos, associações, organizações sem fins lucrativos e a comunidade interessada e engajada nos princípios que defendemos a fim de promover as mudanças necessárias para aumentar a qualidade de vida, bem-estar e felicidade das pessoas ao mesmo tempo em que trabalhamos para manter a resiliência e sustentabilidade destas.

Como nos disse uma vez Glistening Deepwater, “Os muitos grupos, ideias e entendimentos necessários para criar mudanças benéficas duradouras no mundo estão emergindo em todo lugar e existem pessoas-chave trabalhando para unir estes grupos em um movimento coeso. A evolução necessariamente nos conduz a um território não mapeado e existem pioneiros que estão trabalhando no desenvolvimento de uma estrutura de entendimento que irá tornar-se um novo paradigma para a evolução de toda humanidade. Estas ideias excitantes estão sendo exploradas e discutidas, testadas e formuladas em modelos para ação efetiva. Entretanto a realidade da situação é que a única mudança que podemos efetuar está dentro de nós mesmos (…) É pela união para dar suporte um ao outro através deste processo de transformação interna que nos tornamos um grupo integrado e harmonioso, e ajudamos a acelerar o processo de cada um, aprendendo um com o outro à medida que progredimos.”

A busca contínua desta fórmula quintessencial sempre será um trabalho coletivo, para o qual estamos permanentemente abertos e dispostos a receber mais e mais ajuda.

Além disso, não se pode esquecer os componentes hedônicos e espirituais que guiam a quase totalidade da humanidade. Cada ser humano é feito único. Alguns deixam-se normalizar e massificar pela indústria da propaganda e do consumo, outros preferem moldar-se pelo mito do cientificismo e outros ainda por crenças religiosas das mais variadas cores e sabores. A despeito dessas diferenças, temos um laço em comum e este se chama Humanidade. Temos a capacidade de nos comunicarmos, mesmo que nem sempre nos entendamos. A Coolmeia também busca uma forma de tornar as diferenças compatíveis, ao invés de eliminá-las. Desejamos a cada um que embarque nesta rede que, mais do que atendendo ao chamado kantiano do “Atreve-te a saber” (sapere aude), resolvam atender ao chamado libertário “Atreve-te a ser tu mesmo”.

Assim como os anarquistas, a Coolmeia não é contra a autoridade, mas contra o autoritarismo. A autoridade, do latim “auctoritas”, cujo radical “auctum” deriva do verbo “auveo”, que por sua vez quer dizer “elevar”. É a autoridade que eleva o outro, é que faz crescer ao outro. Assim, os mestres da Coolmeia são “magister auctoritas”, autoridades não por via do mando ou do poder, mas por via do serviço. Buscamos ser um híbrido entre rede e organismo no qual não apenas se aprende mas, muito mais, se convive, se compartilha e se cria a comunidade. Um coletivo no qual se aprende-caminha-ensina-aprende-caminha-ensina…

Como dizia Carlos Diaz, e que pode ser aplicado às comunidades que pretendemos criar, “se trata de unidades eto-ecológicas. A palavra “eco”, “oikos”, significa em grego “casa” ou “espaço doméstico”. Mas, também, significa bondade, ser bom, porque vem de “oecos”. “Ethos” tem uma mesma raiz. Significa ser uma pessoa boa. Ter um coração novo. Uma ética da filantropia, da solidariedade, do apoio mútuo, que é o título de uma obra fundamental do anarquismo, de Kropotkin – “O apoio mútuo”!

Essa ética do apoio mútuo e da solidariedade é eto-ecológica, em respeito da vida, em respeito da natureza. Em respeito da vida, a toda a vida; a vida nascida e aquela que ainda vai nascer. Isto é ser anarquista. Então, neste terreno, não a produção pela produção, ao consumo pelo consumo. Em seu lugar, viver de tal maneira que quando nos quedarmos mortos, este mundo esteja um pouco mais limpo e seja um pouco melhor: e seja um pouco mais belo do que antes de termos nascido. Viver de tal modo que ao final, a realidade, depois de nossa passagem pela vida, esteja enobrecida humanitariamente. Porque a pessoa é um fim em si mesmo. Não um meio, não um instrumento, não um mecanismo, não uma ferramenta para a produção.”

A Coolmeia, além de fomentar o desenvolvimento local através do reforço dos laços comunitários e do empoderamento dos atores sociais, também está engajada e pretende divulgar, reforçar e ampliar todos os meios, organizações e iniciativas que colaborem para a transição da atual democracia representativa para uma outra, mais participativa e permanente, que consiga escutar e efetivar os anseios que emergem das comunidades e suas localidades. Como disse Ladislaw Dowbor, em seu livro Poder Local (1994), o poder local emerge “como um grande agente de justiça social. É no nível local que se podem realmente identificar com clareza as principais ações redistributivas. Essas ações dependem vitalmente de soluções locais e momentos políticos, e as propostas demasiadamente globais simplesmente não funcionam, na medida em que enfrentam interesses dominantes organizados e complexidades políticas que inviabilizam os projetos.”

Como escreveu Lia Diskin, em seu belíssimo manual “Cultura de Paz – Redes de Convivência“, “o livre fluxo da informação, impulsionado pelas tecnologias da comunicação, somada ao fracasso das ideologias do século passado em proporcionar justiça social, convivência pacífica, segurança humana, dignidade democrática e sustentabilidade ambiental, despertaram na sociedade civil uma nova percepção de si mesma.

Dentro dessa visão, os cidadãos não aceitam mais ser apenas consumidores e produtores de bens, mas se reconhecem como portadores de liberdade e poder, com capacidade para oferecer soluções éticas e viáveis aos problemas que afetam a si próprios e suas comunidades, como dotados de reflexão e espírito crítico para deliberar sobre o papel das instituições políticas, econômicas e sociais para atenderem realmente ao bem comum, como depositários das aspirações civilizatórias consignadas na Declaração Universal dos Direitos Humanos; como legítimos integrantes de uma vocação de Vida que almeja ser reconhecida na sua singularidade e atendida nas suas necessidades inalienáveis.”

Nós temos pouco entendimento acerca de onde nossa água e nossa comida vem, o impacto de nossos carros e casas, as atividades desenvolvidas por outros ao redor do mundo para dar suporte ao nosso estilo de vida, e os efeitos que nós impomos sobre o ambiente e às pessoas. Temos pouco entendimento sobre como podemos mudar a realidade imediata e mediata que nos cerca, passando a exercer a liberdade de fato – e não utopicamente – no aqui e no agora.

Uma solução, oferecida por Hakim Bey em seu livro TAZ – Zona Autônoma Temporária, é mapear a realidade em uma escala 1:1 e, a partir daí encontrar espaços (geográficos, sociais, culturais e imaginários) que possam florescer como zonas autônomas em momentos que estejam relativamente abertos, quer seja por negligência do Estado ou pelo fato de terem passado despercebidos pelos cartógrafos. Bey chamou esta tarefa de psicotopologia, a arte de submergir em busca de potenciais momentos de experiência-pico ou criação de zonas autônomas temporárias.

Tais zonas autônomas, organizadas em bando, passam a ser compostas por grupos de afinidades nos quais redes de pessoas com interesses específicos se encontram para compartilhar experiências libertárias, sem a existência de hierarquia ou subordinação. Todas as facetas das vivências do grupo são plenamente livres, não havendo coerção ou autoridade diferente daquela genuinamente creditada pelos membros de mútuo acordo. Nosso objetivo, enquanto Coolmeia, é facilitar não só o surgimento de tais zonas como torná-las permanentes, solapando de vez as bases do Capitalismo, do Estado e das demais instituições autoritárias e opressoras.

Um dos principais anseios de nossa Coolmeia é criar uma Nova Economia, uma que acompanhe a biologia em sua diversidade, e se integre com a complexidade ao invés de extingui-la. Nossa essência é a busca da Harmonia Social, da humanidade entre si e desta com a Natureza da qual todos somos parte.

Ao todo, podemos dizer que a Coolmeia é um movimento contracultural. Não como princípio, mas como resultado das práticas e teorias que abraçamos. A contracultura não é nosso slogan tampouco nosso mote. É o que resulta de uma maneira de pensar e atuar. A única maneira que julgamos ser compatível com um sistema que se compromete profunda e integralmente com o ser humano, com a pessoa inteira. Não se pode ser libertário somente na cabeça, tampouco somente no coração. Precisa-se ser anarquista com uma inteligência senciente. O “anarquismo pedagógico” da Coolmeia, uma experiência libertadora que ensina enquanto se caminha – e que aprende com o caminhar de quem lhe acompanha – se traduz em um ativismo vivo, em um trabalho de compromisso social com os demais.

Dentro do processo de mudança, estaremos continuadamente procurando pessoas cultas ou, ao menos, pessoas com desejo de serem cultivadas e, mais, cativadas a tentar transformar a realidade social. Pessoas que busquem modificá-la a partir da sociedade, de baixo para cima, sem vínculo com medidas governamentais, hierárquicas e de cima para baixo. Desde coletivos que lutem contra a fome, contra a pobreza, a favor da natureza, dos animais, de coletivos que defendam o trabalhador, que trabalham em associações de bairro ou que trabalhem com qualquer causa que esteja ressonante com nossa Carta de Princípios e nossa essência.

Pessoas e coletivos que estejam dispostos a construir uma nova lógica, uma nova experiência de saber, de querer e de poder.

Não lutamos contra o poder, pois este é essencial à vida. Onde há vida, há poder. Onde não há poder há impotência, há morte. Da forma que o tratamos, há poder compartilhado, esse sim. Que seja uma sinergia, uma “co-energia”. Uma sinergia de micro-utopias, uma aposta em comum de todos os poderes. Segundo a máxima anarquista, “de cada um de acordo com suas habilidades e paixões, a cada um de acordo com seus desejos e necessidades”.

“Nós desejamos a liberdade e o bem-estar de todos os homens, de todos os homens sem exceção. Queremos que cada ser humano possa se desenvolver e viver do modo mais feliz possível. E acreditamos que esta liberdade e este bem-estar não poderão ser dados nem por um homem, nem por um partido, mas todos deverão descobrir neles mesmos suas condições, e conquistá-las. Consideramos que somente a mais completa aplicação do princípio da solidariedade pode destruir a luta, a opressão e a exploração, e a solidariedade só pode nascer do livre acordo, da harmonização espontânea e desejada dos interessados.” | Errico Malatesta

Referências:

1. MOVIMENTO Centro de Cultura e Autoformação – Educação Libertária –

Textos de um Seminário – Achiamé Editora

2. VOLTOLINI, R. “Idéia social”. Revista da Fundação Odebrecht S/A. junho/

julho/agosto 2005.  Ano 1, Edição 1, p. 7

3. DISKIN, Lia – Cultura de Paz – Redes de Convivência – SENAC – SP

4. BEY, Hakim – TAZ – Zona Autônoma Temporária, Editora Conrad